Trabalho iniciado durante a segunda residência artística do Fórum de Fotoperformance e ainda em execução. O trabalho consiste em uma escavação realizada em meu acervo fotográfico, onde constam 11 anos do trabalho de registrar minhas amigas travestis e outras que eu acabei conhecendo. O esquecimento é um projeto colonial que restringe às travestis os postos mortíferos, portanto resgatar essa memória é o que pode barrar esse projeto. Dezenas de travestis, nas mais diversas mas sempre afetivas situações (pois não me interessa mostrar a violência mas sim a felicidade) compõem este primeiro álbum fotográfico, objeto de afeto mas muitas vezes negligenciado às travestis, em virtude do alto índice de expulsões de casas que acomete minha população. Aqui constam fotos do objeto e alguns outros registros que estão no interior dele.